Nesta semana começaremos o estudo das músicas do Pas 3.
Vamos começar com a música cidadão do Zé Ramalho.
cidadão (Zé Ramalho)
O foco ético proposto enseja questões de fato e de
valor, situações-problema para a identificação de comportamentos sociais,
normas, leis e do modo como são valorados, visando à percepção de o que é,
o que deve ser e o que pode ser, ou seja, a distinção entre os pontos de vista
normativo, factual e hipotético.
Ironia, criticismo e valores éticos estão presentes na canção
Cidadão, de Lucio Barbosa, com interpretação de Zé Ramalho,
As técnicas de análise desenvolvidas pela Ciência Política contribuem
para que ele possa tomar uma decisão com base na identificação de atores,
cenários, relações de força, acontecimentos, estratégias e táticas que
compõem uma determinada conjuntura, seja ela pessoal, seja local ou
nacional. Vale salientar que, no plano nacional, tais técnicas contribuem para
elucidar a organização política brasileira: a relação entre os poderes, a
dinâmica partidária, o papel dos movimentos sociais e dos sindicatos
Ainda nesse aspecto é importante a consideração crítica das políticas
sociais voltadas para educação, saúde, segurança, emprego e combate à
pobreza, refletindo a partir da música Cidadão.
A relação do indivíduo com os poderes constituídos pode ser observada em músicas de concerto, como A História do Soldado, e em músicas populares, como cidadão.
Letra
Tá vendo aquele edifício moço Ajudei a levantar Foi um tempo de aflição Eram quatro condução Duas prá ir, duas prá voltar Hoje depois dele pronto Olho prá cima e fico tonto Mas me vem um cidadão E me diz desconfiado "Tu tá aí admirado? Ou tá querendo roubar?" Meu domingo tá perdido Vou prá casa entristecido Dá vontade de beber E prá aumentar meu tédio Eu nem posso olhar pro prédio Que eu ajudei a fazer...
Tá vendo aquele colégio moço Eu também trabalhei lá Lá eu quase me arrebento Fiz a massa, pus cimento Ajudei a rebocar Minha filha inocente Vem prá mim toda contente "Pai vou me matricular" Mas me diz um cidadão: "Criança de pé no chão Aqui não pode estudar" Essa dor doeu mais forte Por que é que eu deixei o norte Eu me pus a me dizer Lá a seca castigava Mas o pouco que eu plantava Tinha direito a comer...
Tá vendo aquela igreja moço Onde o padre diz amém Pus o sino e o badalo Enchi minha mão de calo Lá eu trabalhei também Lá foi que valeu a pena Tem quermesse, tem novena E o padre me deixa entrar Foi lá que Cristo me disse: "Rapaz deixe de tolice Não se deixe amedrontar Fui eu quem criou a terra Enchi o rio, fiz a serra Não deixei nada faltar Hoje o homem criou asa E na maioria das casas Eu também não posso entrar Fui eu quem criou a terra Enchi o rio, fiz a serra Não deixei nada faltar Hoje o homem criou asas E na maioria das casas Eu também não posso entrar"
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